quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Colatto representa o ramo agropecuário no Seminário da Frencoop


Coordenador nacional do ramo agropecuário da Frencoop, deputado Colatto participou de palestra junto com os secretários executivos do Ministério da Agricultura e do Desenvolvimento Agrário e com ex-ministro Roberto Rodrigues.

Santa Catarina 29/09/2011 – O deputado federal Valdir Colatto (PMDB/SC), coordenador nacional do ramo agropecuário da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop), palestrou no III Seminário sobre “Desafios e perspectivas para o ramo agropecuário”. O evento foi realizado na última quarta-feira (28/9) pela Frencoop, no auditório Petrônio Portela, no Senado Federal, com público de parlamentares e representantes do ramo agropecuário. Colatto falou sobre os desafios no ramo agropecuário nos poderes executivo e legislativo, tema também abordado pelo secretário executivo do Ministério de Desenvolvimento Agrário (MDA), Laudemir Müller, e pelo secretário executivo do Ministério da Agricultura (MAPA), José Carlos Vaz, durante painel de exposições presidido pelo ex-ministro da agricultura e presidente do conselho superior do agronegócio da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Roberto Rodrigues.

Vice-presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) no Congresso Nacional, Colatto falou sobre dificuldades que o setor brasileiro enfrenta no Mercosul, questões relacionadas a produção de leite, a urgência pela votação do PLC 30/2011 do Código Florestal Brasileiro no Senado, sobre venda de terras brasileiras para estrangeiros e demarcações de terras indígenas e quilombolas.

O parlamentar destacou que as questões comerciais envolvendo o Mercosul tem prejudicado a agricultura brasileira. “Não vemos vantagem”, disse. Justificou informando a grande diferença paga pelo frete de arroz no Brasil e no Uruguai, por exemplo. Segundo ele, uma tonelada de arroz saída de Montevidéu com destino ao Recife tem custo de 45 dólares enquanto que no Brasil, saindo do Rio Grande rumo ao Recife, o valor é de 80 dólares/tonelada. Outro dado apontado por Colatto foi a diferença na aquisição de colheitadeira. Uma mesma marca e modelo adquirida no Paraguai custa em média R$ 390 mil e no Brasil, R$ 590 mil, com fabricação brasileira. Um trator, citou Colatto, adquirido na Argentina custa cerca de R$ 44 mil e, no Brasil, R$ 95 mil. “Não podemos prejudicar o produtor brasileiro”, disse ele. Lembrou ainda que a uréia comprada na Argentina custa metade do preço da adquirida no Brasil.

Sobre a compra de terras brasileiras por estrangeiros, Colatto explicou que pessoa física pode adquirir até 2.500 hectares e que uma subcomissão foi criada para regulamentar as compras de terras por pessoa jurídica. Isso, explicou, para preservar a soberania nacional e dar segurança jurídica para se aplicar na produção e não na especulação.

Comentou sobre a interpretação da Advocacia Geral da União (AGU) encaminhada ao Ministério da Justiça sobre o Marco Regulatório do Supremo Tribunal Federal (STF) no que se refere a demarcações de terras indígenas no país que deverá servir de instrumento de defesa dos agricultores nos processos em discussão.

Na questão da produção de leite destacou a necessidade de manter o preço justo ao produtor, o combate aos cartéis da produção de insumos lácteos, o estabelecimento de mecanismos de proteção do mercado interno na importação dos produtos subsidiados e redefinição da carga tributária sobre leite in natura.

Aos senadores, reforçou a necessidade urgente da aprovação do PLC 30/2011 sobre o Código Florestal Brasileiro no Senado Federal, pedido que foi reforçado pelo ministro da agricultura, Mendes Ribeiro, segundo ele, também reafirmado pela ministra de relações institucionais da Presidência da República, Ideli Salvatti, que o governo pretende a votação neste ano.

Foto - Colatto palestra no III Seminário do Frencoop (crédito OCB). Na mesa, Roberto Rodrigues, Valdir Colatto, José Carlos Vaz e Laudemir Müller

Fonte - Assessoria de Imprensa Deputado Federal Valdir Colatto (PMDB/SC)


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