quinta-feira, 30 de junho de 2011

Crise na suinocultura é discutida em audiência pública


A Comissão de Agricultura Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural (CAPADR) realizou na manhã desta quarta-feira (29/6) audiência pública para debater a crise enfrentada pelos suinocultores no Brasil e o embargo da Rússia à carne brasileira. O vice-presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária, deputado federal Valdir Colatto (PMDB/SC) aponta que o Estado de Santa Catarina responde por 25% da produção nacional e participa com 28% das exportações de carne suína brasileira. “Cerca de 14 mil famílias dependem diretamente da suinocultura, como os preços praticados no mercado não cobrem os custos da produção a suinocultura está se tornando inviável, passando por um momento delicado e causando perdas significativas, podendo ser agravadas, caso não sejam adotadas medidas imediatas”, salientou.

Colatto destacou ainda que Santa Catarina além de ser o maior produtor e exportador de carne suína do país, possui o melhor índice de produtividade, mas a redução do volume de exportações em 2011 e o cancelamento das importações por parte dos governos da Rússia e Ucrânia afetou ainda mais o setor. Desta forma, a Associação Catarinense dos Criadores de Suínos (ACCS) propõe algumas medidas, entre elas, a liberação de milho dos estoques da Conab acima do que está previsto para a primeira quinzena de julho; a prorrogação dos prazos de pagamento dos financiamentos de custeio e investimento efetuados para a produção de suínos; a abertura de linhas de crédito que permitam que os produtores se mantenham na atividade até a regularização do mercado; a adoção de medidas que permitam maior consumo de carne suína nas instituições públicas, bem como a inclusão de carne suína na merenda escolar; a criação de campanha oficial nacional visando o aumento do consumo de carne suína no país e a redução da taxa de consumo de energia elétrica para os suinocultores no período das 22 às 6 horas.

Quanto às questões russas o Secretário de Defesa Agropecuária do MAPA, Francisco Jardim, disse que a equipe russa detectou problemas técnicos em algumas empresas brasileiras e o ministério já está tomando as providências necessárias para acabar com o embargo, inclusive com a suspensão das empresas que apresentavam problemas recorrentes. Jardim falou ainda dos investimentos em laboratórios para acelerar os processos de controle. Cerca de R$ 50 milhões serão investidos.

Além de deputados participaram da audiência o Secretário de Defesa Agropecuária do MAPA, Francisco Jardim; Paulo de Mesquita, Diretor do Departamento Econômico do Ministério das Relações Exteriores; Tomé Guth, Engenheiro Agrônomo da Gerência de Oleaginosas e Produtos Pecuários da CONAB; Antonio Mazurek, Vice-Presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do DF, representando a CNA; Marcelo Lopes, Presidente da Associação Brasileira de Criadores de Suínos (ABCS); Valdecir Folador, Presidente da Associação dos Criadores e Suinocultores do Estado do RS (ACSURS); Losivanio Luiz de Lorenzi, Presidente da Associação Catarinense de Suínos (ACCS); Francisco Turra, Presidente da União Brasileira de Avicultura; Antonio Jorge Camardelli, Presidente da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne; Péricles Salazar, Presidente da Associação Brasileira de Frigoríficos e Pedro de Camargo Neto, Presidente da Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína.

Após a audiência Colatto juntamente com representantes da ACCS reuniram-se com técnicos da Conab para tratar da liberação e comercialização do milho no Estado de Santa Catarina.

Grupo de trabalho deve apresentar sugestões em 48 horas

Brasília 29/6/2011 – Um grupo de trabalho foi criado para discutir em 48 horas uma proposta de solução imediata e medidas a longo e médio prazo para os produtores de arroz, que enfrentam uma das maiores crises já vividas pelo setor. A informação foi repassada pelo vice-presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) deputado federal Valdir Colatto (PMDB/SC) após reunião com a ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann. Participaram ainda deputados e senadores dos Estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

Conforme o parlamentar a classe precisa da criação de um programa de subvenção capaz de cobrir a diferença entre o valor ofertado pelo mercado e o preço mínimo; a continuidade dos programas de Aquisição do Governo Federal e Prêmio para Escoamento de Produto (PEP); publicação de uma resolução do Conselho Monetário Nacional (CMN) determinando a suspensão dos pagamentos de todas as parcelas do crédito rural, vencidas e a vencer neste ano para 31 de outubro e a criação de um programa de saneamento das dívidas dos produtores de arroz. “Muitos estão sendo executados pelos bancos e a única alternativa seria a instituição de um ato governamental”, destacou.

Colatto enfatiza que as entidades representativas do setor reconhecem os esforços do governo que anunciou recursos para PEP, AGF e Contratos de Opção Pública. Porém, diante da crise, os mecanismos não são suficientes. Além disso, em sua grande maioria, o recurso não está sendo repassado ao produtor devido à falta de armazéns credenciados na Conab para estocar o grão.

Ainda na terça-feira (28/6) a Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural (CAPADR) realizou uma audiência para tratar sobre a rizicultura.

Fonte: Assessoria de Imprensa Deputado Federal Valdir Colatto (PMDB/SC)



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